
Gestor de Tráfego: o que é, onde vive, o que come?
Se você já ouviu falar em tráfego pago, anúncios no Google ou campanhas no Instagram, provavelmente também se deparou com o termo gestor de tráfego. Mas afinal, o que faz esse profissional? Ele é só “quem impulsiona post”? É um especialista em mídia? Precisa saber de design, ou basta clicar nos botões da plataforma?
Neste artigo, você vai descobrir quem é o gestor de tráfego, quais as suas funções reais, quanto ganha, quais habilidades precisa desenvolver e, principalmente, como ele pode impactar diretamente os resultados de um negócio.
Do planejamento à conversão, passando por métricas, plataformas e estratégias, este é um guia completo para quem quer entender a profissão — seja para contratar um especialista ou se tornar um.
Spoiler: gestor de tráfego não vive de “achismo”. Ele respira dados, estratégias e resultados reais.
Sumário
O que é um Gestor de Tráfego?
O gestor de tráfego é um profissional responsável, criar e gerenciar campanhas de mídia paga (ou anúncios online) em plataformas como Google Ads, Meta Ads (Instagram Ads e Facebook Ads), Linkedin Ads, TikTok Ads, Taboola, mídia programática, e outras plataformas de publicidade online. Ele atua no planejamento, execução, otimização e acompanhamento de campanhas, e tem como objetivo principal trair visitantes qualificados (o ‘tráfego’) para um site, e-commerce, redes sociais, landing pages ou outras plataformas digitais.
O termo “gestor de tráfego” é um tanto quanto recente, que representa o antigo profissional de “compra de mídia” ou “mídia paga” nas agências mais antigas e tradicionais. Na verdade, “gestor de tráfego” antes era usado mais para designar profissionais responsáveis pelo tráfego urbano de cidades. O termo “tráfego” era utilizado no antigo Universal Google Analytics (GA3), para designar as visitas de um site, mas que poderia vir de várias fontes de tráfego como e-mail, social media, sites de referência, orgânico, e também o tráfego pago.
Diferença entre gestor de tráfego e profissional de marketing digital
O gestor de tráfego tem como foco planejar, executar e acompanhar campanhas pagas no Google, Facebook, Instagram, YouTube, Linkedin, e outros canais que permitem anúncios online. O objetivo é gerar audiência e levar visitantes a um perfil ou site, normalmente para gerar uma conversão – como lead ou venda.
Já o profissional de marketing digital normalmente é mais generalista. Ele pode atuar com o planejamento de marketing digital como o todo, e se envolver com branding, performance, redes sociais, presença digital no geral, marketplace, sites etc.
Tráfego Pago vs. Tráfego Orgânico
No mercado brasileiro, o gestor de tráfego está associado a gestão de anúncios pagos. Mas existem vários canais de tráfego para ser gerenciado. Para efeito desse artigo, vamos dividir em tráfego pago e tráfego orgânico.
Tráfego Pago
É o tráfego vindo por canais que permitam anúncios pagos, como a busca do Google ou redes sociais. Aqui estão os principais canais de tráfego pago:
- Busca do Google
- Google Shopping
- Rede de display do Google (sites parceiros)
- YouTube
- Rede de sites parceiros do Instagram e Facebook
- TikTok
- X (antigo twitter)
- Taboola
- Outbrain
- Mercado Pago
- Amazon
Tráfego Orgânico
Já o tráfego orgânico é o tráfego originado por canais que não são pagos. O canal mais associado ao termo “orgânico” é a busca do Google, depois da parte que está patrocinada.
Esse tráfego é normalmente chamado de SEO (search engine optimization), termo que define as técnicas de otimização de um site para a busca orgânica. Para posicionar um site no topo da pesquisa é preciso uma série de técnicas de SEO, como otimização de conteúdo, estrutura do site, links internos e externos, entre outras técnicas.
Além do SEO, existem outras fontes que podem ser chamadas de “orgânico”. O tráfego vindo das redes sociais, por exemplo: se não é um anúncio pago e sim um post orgânico, é comum associar ao termo “tráfego orgânico”, apesar de que o padrão é associar com o termo “tráfego social”, por exemplo. Existe também o tráfego de sites de referência, quando um site aponta um link para outro site.
Outras fontes de tráfego
Existem várias fontes de tráfego, além da tradicional classificação “orgânico” ou “pago”. Aqui estão as mais comuns:
- Pago – vindo de anúncios pagos como Google Ads e Meta Ads.
- Orgânico – normalmente associado ao SEO.
- Social – tráfego orgânico vindo das redes sociais.
- Referência – links em outros sites.
- E-mail – tráfego vindo de e-mails marketing.
- Direto – quando a pessoa digita o domínio diretamente na busca.
- Influenciadores – links usados por influenciadores para levar tráfego a um site.
Dica: é possível acompanhar as diferentes fontes de tráfego utilizando os UTMs (urchin tracking module), que são parâmetros adicionados a uma URL que permite dizer a origem, mídia, campanha, termo de busca e conteúdo de origem do tráfego.
Principais Funções e Responsabilidade
Em um projeto comum de tráfego pago, o gestor fica responsável desde o planejamento, criação das campanhas, otimização, acompanhamento e prestação de contas.
Planejamento de tráfego
Antes de sair subindo anúncios, o bom gestor de tráfego deve estudar o negócio que pretende anunciar: o que vende, quem é público-alvo, como funciona o mercado, o que os concorrentes estão fazendo, quais as melhores práticas etc.
Depois ele deve criar as estratégias para atingir os objetivos pretendidos. Por exemplo: criação de campanhas de alcance, para depois impactar com anúncios de remarketing; anúncios de fundo de funil para termos específicos no Google; criação de landing page para aumentar a conversão; e assim por diante.
Após definir as estratégias, é a hora de criar o Plano de Tráfego: documento com as estratégias e ações, campanhas, públicos, tipos de anúncio, orçamentos, projeções de resultados, KPIs e outras informações que forem relevantes para o planejamento.
Configurações
Depois do planejamento, vem a configuração das ferramentas. Desde a criação e integração das plataformas de publicidade, até a configuração do pixel, eventos de conversão, feed de produtos, públicos de remarketing, subir listas de remarketing, e assim por diante.
Checklist de configurações:
- Criar Google Analytics.
- Criar contas de anúncios do Google Ads, Meta Ads etc.
- Criar conta do Google Merchant (para e-commerce).
- Integrar contas do Google (GA, Google Ads, Merchant).
- Vincular ativos no gerenciador de negócio (Meta Ads).
- Instalar pixel do Meta Ads.
- Configurar eventos de conversão.
- Configurar primeiros públicos de remarketing.
Criação das campanhas
Depois de tudo planejado e configurado, tá na hora de subir as campanhas. Nas mídias mais comuns – Google e Meta Ads – a campanha vai ser composta de Grupo / Conjunto de Anúncios, e Anúncios.
1. Campanha
O nível de campanha serve para agrupar os grupos de anúncio, definir o objetivo de campanha, e dependendo da plataforma, configurar orçamento, segmentações mais amplas etc.
2. Conjunto ou grupo de anúncios
Esse nível tem a função não só de agrupar os anúncios, mas é onde (normalmente) fica a definição da segmentação, um dos pontos mais importantes de uma estratégia de tráfego sólida. Cada plataforma tem diferentes configurações para esse nível: enquanto no Google Ads é onde são configuradas as palavras-chave e recursos de segmentação, no Meta Ads e TikTok Ads é configurado a estratégia de lance, metas de conversão, dispositivos etc.
3. Anúncios
Por fim, no nível de anúncios é o local para subir os criativos das campanhas, configurar texto de apoio, e testar variações do anúncio.
“Criativo” é um termo introduzido pelo Meta para designar a “arte” do anúncio. Esse termo acabou se popularizando, e hoje representa anúncios de imagem única, carrossel, vídeo e anúncios de texto.
Produção dos criativos e copys
Entende-se que a produção do criativo é de função do designer, enquanto as copys são feitas por redatores. Mas o bom gestor de tráfego se envolve com a produção, direciona a equipe de criação e muitas vezes faz o briefing, roteiros e pedidos de ajuste.
Monitoramento
Campanhas no ar! Agora é monitorar.
Nessa etapa, o gestor de tráfego deve estar de olho em uma série de métricas e indicadores. Algumas delas são:
- Volume de impressões, cliques, leads e vendas.
- Taxa de cliques (CTR).
- Taxa de conversão.
- Custo por clique (CPC).
- Custo por lead (CPL).
- Custo por conversão (CPA).
- ROAS (retorno sobre investimento em publicidade).
As métricas monitoradas variam de acordo com a estratégia, objetivos e metas, canais e formatos de anúncio. Aqui é muito importante a precisão dos dados: a correta instalação de configuração de tags, pixels e eventos de conversão vão fazer toda a diferença.
Otimização, renovação de anúncios e testes
Junto com o monitoramento, vem a otimização das campanhas e renovação de anúncios. Essa etapa vai fazer toda a diferença para escalar os resultados de tráfego, diminuir custo e aumentar o retorno sobre o investimento (ROI).
Otimizações
São ajustes nas campanhas, grupos e anúncios existentes. Os ajustes mais comuns são de orçamento, lance, segmentação, criativos, faixas de horários etc. O bom gestor de tráfego possui uma rotina constante de otimização, respeitando o tempo de amadurecimento das campanhas.
Renovação de anúncios
É importante existir a adição de troca de anúncios com certa frequência, o que depende de fatores como estratégia, resultados e orçamento.
Testes
Também é interessante destinar parte da verba para testes de criativos, segmentações e formatos diferentes de anúncios. Além de fazer testes A/B com criativos e públicos, os testes ajudam a testar configurações diferentes na estrutura da campanha e a testar novos recursos das plataformas de anúncio.
Relatórios
O gestor de tráfego normalmente precisa prestar contas para o gerente de marketing, dono da empresa ou cliente. A melhor forma de fazer isso é através de relatórios com as principais métricas de desempenho das campanhas. Informações como cliques, leads, gasto da campanha, desempenho de criativos, entre outras informações.
Existem diversas formas de se fazer isso: planilhar os resultados, montar uma apresentação de slides com o print do gerenciador de anúncios, usar os recursos de relatórios de cada mídia, ou partir para uma ferramenta mais profissional como Google Looker, Power BI, ou Reportei.
Outras atividades
O gestor de tráfego pode ainda se envolver com uma série de outras atividades relacionadas a geração de tráfego:
- Estudo de demanda de produtos.
- Levantamento de audiências.
- Integrações com CRM.
- Automação de leads.
- Nutrição de leads e inbound.
- Criação de landing pages.
- Otimização de conversão.
Ferramentas e Plataformas Essenciais
Quem se propõe a ser gestor de tráfego, além de dominar as plataformas de mídia, deve ter um pezinho na área de tecnologia, se envolver com códigos, ferramentas e outras coisas.
O básico é dominar a plataforma de tráfego que se propõe a gerenciar:
- Google Ads
- Meta Ads
- Linkedin Ads
- TikTok Ads
- Taboola
Outras ferramentas importantes são:
Google Analytics (GA4)
Ferramenta para analisar o tráfego de um site, canais de origem desse tráfego, fluxo do usuário etc.
Google Tag Manager (GTM)
Ferramenta que centraliza todos os pixels e tags sem precisar mexer no código do site, facilitando mudanças e testes rápidos.
Google Looker ou Power BI
Ferramentas para criação de relatórios e dashboards. Permite puxar o desempenho das campanhas, puxar informações do site, SEO etc.
RD Station ou Hubspot
Ferramentas de automação e inbound marketing para organização e nutrição de leads.
CRM
Ferramenta que centraliza e distribui os leads recebidos pelas campanhas de tráfego pago. Existem vários tipos e empresas que oferecem esse serviço.
Ferramentas de automação
Ferramentas que permitem automatizar a interação com os leads via Whatsapp e outros canais. A mais famosa é o Manychat, mas existem ferramentas integradas que também entregam esse tipo de solução (ex.: RD station, Hubspot, Kommo).
Perfil Profissional e Competências Necessárias
Um profissional de tráfego completo deve combinar hard skills com soft skills, investir em formação, ter experiência e ser curioso.
Habilidades técnicas
Não tem pra onde fugir: dominar as plataformas de mídia é obrigatório nesse ramo. Saber exatamente para que cada botão serve e o que faz cada aba é fundamental para subir campanhas bem estruturadas, não perder tempo e não gastar a verba de marketing à toa.
Além das plataformas de mídia, existem outros conhecimentos importantes:
- Google Analytics.
- Google Looker, Power BI e/ou outras ferramentas de relatório.
- Google Tag Manager.
- CRM e ferramentas de automação.
- Design e Landing Pages.
- IAs.
Conhecimento de estratégia
Não é só saber usar ferramentas: entender de estratégia de marketing é fundamental.
- Objetivos e estratégias de marketing.
- Funil de marketing e vendas.
- Métricas e KPIs.
- Persona e ICP.
- Branding vs. Performance.
Soft skills
Habilidades comportamentais e sociais junto com os conhecimentos técnicos fazem toda a diferença. Comunicação clara, Trabalho em equipe, liderança, adaptabilidade, resolução de problemas, ética, empatia, organização, criatividade, gestão de tempo, negociação, proatividade, e assim por diante.
Certificações
Praticamente todas as plataformas de mídia possuem certificações.
Google Skillshop
O Google Skillshop é a plataforma de treinamento do Google, local onde é possível estudar e tirar as certificações para ferramentas do Google, como Google Ads, Google Analytics, e do Google Marketing Platform.
Meta Blueprint
Já o Meta Bluprint é a plataforma de certificações da Meta. Nela é possível estudar e tirar certificações em Planejamento de mídia, Compra de mídia, Estratégia Criativa, entre outras.
Linkedin Market Labs
O Linkedin possui o Linkedin Market Labs, local onde é possível tirar certificações de conhecimentos fundamentais, estratégia e criativos.
TikTok Academy
O TikTok Academy permite tirar a certificação de Media Buyer.
Outras certificações
Além das plataformas, existem várias ferramentas e cursos disponíveis no mercado, muitos gratuitos. Ter certificações ajudam a dar mais autoridade e conhecimento para o gestor de tráfego profissional.
Experiência prática
Nada substitui a experiência prática. Um profissional cheio de cursos não vale nada sem ter experienciado gerenciar campanhas em diferentes segmentos e testado na prática suas habilidades como gestor de tráfego.
Se você quer ser gestor de tráfego iniciante, uma dica é fazer projetos “voluntários” ou testar a gestão de tráfego em empresas de amigos e familiares. Dessa forma você vai criando portfólio e pegando experiência para gerenciar projetos maiores e mais complexos.
Curiosidade a atualização
O gestor de tráfego precisa ser curioso e atualizado. As plataformas de mídia atualizam suas ferramentas todos os dias; o mercado digital está em constante movimento; a adoção das IAs vem transformando radicalmente o mercado; e o comportamento de compra das empresas e pessoas muda o tempo todo.
Estar atento a essas mudanças e testar novas ferramentas e estratégias faz parte constante da profissão. E aprender habilidades complementares como automação e inbound marketing ajudam a transformar o gestor num profissional cada vez mais completo.
Processos e Metodologias Avançadas
O gestor de tráfego avançado faz muito mais que subir campanhas. Existem outras abordagens que podem escalar os projetos de tráfego pago.
Modelos de atribuição
Analisar apenas o último clique é um erro. O consumidor passa por muitos pontos de contato até fazer a compra ou se tornar um lead. Por isso é importante monitorar diverentes abordagens de atribuição, como primeiro clique ou atribuição baseada em dados.
Estratégia de funil
Depender de campanhas de fundo de funil pode funcionar no início, mas no longo prazo é preciso se importar e criar audiências, esquentar públicos, criar sequências de remarketing, e utilizar diferentes tipos de mídia em cada etapa da jornada de compra.
Remarketing e Lookalike
Com estratégias de remarketing, é possível reimpactar pessoas que interagiram com o site, formulários, que já compraram ou viram algum vídeo ou criativo da campanha. A taxa de conversão de ações de remarketing normalmente são superiores e o custo menor. As ações de remarketing mais básicas são carrinho abandonado, pessoas que viram a página do produto, que foram até a página de orçamento de um site etc.
Em paralelo, existem os públicos semelhantes (“lookalike”). É possível criar públicos com pessoas que sejam parecidas com quem converteu em um site, pessoas engajadas com o site ou perfil das redes sociais, ou até subir listas com e-mails e telefones.
Automações e IAs
Plataformas como Google Ads e Meta Ads permitem automatiza lances, usar scripts e até “plugar” ferramentas para melhorar a performance das campanhas. E cada vez mais, as mídias estão inserindo camadas com IAs, que ajudam a aumentar o alcance a públicos mais qualificados e gerar mais conversões.
Em paralelo, existem os públicos semelhantes (“lookalike”). É possível criar públicos com pessoas que sejam parecidas com quem converteu em um site, pessoas engajadas com o site ou perfil das redes sociais, ou até subir listas com e-mails e telefones.
Salário, Mercado de Trabalho e Perspectivas
Segundo o Glassdoor Brasil, o salário de um gestor de tráfego em 2025 está entre R$ 2500 para contratação CLT, até R$ 18.000 para contratações PJ. Tudo depende do nível do profissional:
- Júnior: R$ 2.500 – 4.000 CLT / R$ 3.000 – 5.500 PJ
- Pleno: R$ 4.000 – 7.000 CLT / R$ 6.000 – 10.000 PJ
- Sênior: R$ 7.000 – 12.000 CLT / R$ 10.000 – 18.000 PJ
Os setores mais em alta são:
- E‑commerce e varejo online
- SaaS e tecnologia B2B
- Educação e infoprodutos
- Serviços locais (saúde, construção, jurídico)
Modelos mais comuns de contratação:
- Freelancers: flexibilidade, projetos pontuais.
- Agências: estrutura completa, expertise em múltiplas plataformas.
- In‑house: alinhamento total com produto e metas de longo prazo.
O mercado tem valorizado profissionais com foco em resultados mensuráveis, mão na massa, com conhecimento em IAs e automação, habilidade com dados, além é claro do pleno domínio das plataformas de mídia.
Os erros mais comuns do gestor de tráfego
Mesmo os profissionais mais experientes podem cometer deslizes de vez enquando. O importante é criar ferramentas e rotinas para resolver esses problemas o mais breve possível, para minimizar ao máximo desperdício de verba e outros problemas.
Gasto de orçamento além do limite
O orçamento diário mal calculado e sem monitoramento pode gerar um estrago no final do mês. O importante é monitorar o orçamento diariamente, e acompanhar através de dashboards que cruzam o realizado com o projetado.
Aqui na Upster, por exemplo, nós criamos ferramentas que ajudam a monitorar orçamento de cada cliente, para garantir que ele seja corretamente distribuído durante o mês e não estoure no fim.
Reprovação de contas
É muito comum que o Google, Meta, TikTok e outras mídias suspendam contas e anúncios – e em muitos casos, sem nenhuma justificativa. É preciso estar atento ao segmento e políticas de cada mídia para evitar bloqueios momentánes e até definitivos. Segmentos mais sensíveis como saúde, estética, sexshop e nicho black precisam de atenção redobrada.
Dica: o Meta Ads e TikTok permite criar contas de anúncio de contingência. Você pode centralizar as contas principais em um gerenciador de negócios, enquanto a conta de anúncios e outros ativos em outro gerenciador. Assim, em caso de bloqueios, as contas originais permanecem intáctas.
Links quebrados
Acontece com frequência em sites de e-commerce ou que tenham muitas páginas. Quando uma página muda de URL ou simplesmente sai do ar, a campanha passa passa a levar o usuário para uma página de erro, o que diminui a credibilidade e faz gastar a verba de mídia a toa.
Focar em métricas não importantes
É muito comum, numa estratégia onde o foco é perfoamance, dar atenção excessiva a métricas como alcance, impressões, likes cliques, e número de leads. O gestor de tráfego experiente deve priorizar métricas como taxa de conversão, CPA e ROI, por exemplo.
É claro que o exemplo acima varia de acordo com a estratégia: se o objetivo é conhecimento de marca, alcance de pessoas, penetração de público e frequência de exibição podem ser peças chave. Já se o foco é tornar a rede social mais engajada, a curtida pode ser uma métrica de entrada, mas comentários, compartilhamentos e salvamentos podem ser mais importantes.
Mexer o tempo todo na campanha
A campanha precisa de tempo de aprendizado, que vai depender do orçamento e o número de conversões e outros eventos. Mexer incansavelmente e testar várias coisas ao mesmo tempo vai deixar a plataforma de mídia bagunçada, e o gestor de tráfego vai ficar confuso, sem saber o que deu certo e o que não funcionou. É importante dar tempo para campanha, ler os dados e tomar as melhores decisões.
Ignorar testes
Algo sempre pode ser melhorado. Testar um criativo novo, um público diferente ou uma estratégia de lance pode fazer grande diferença no resultado de médio e longo prazo de uma campanha. Mas é importante fazer o teste com cautela, talvez até dividir um orçamento exclusivo para isso.
Falta de planejamento
O gestor de tráfego que só sabe subir anúncios está com dias contados. Ele pode ser o profissional mais habilidoso com as ferramentas, mas a falta de conhecimento da empresa anunciada, mercado, concorrentes e principalmente do público vai prejudicar o resultado. O gestor de tráfego precisa ser cada vez mais estratégico e pensar mais em negócios, e menos em ferramentas.
Má configuração de tags (ou a falta de)
Deixar de configurar pixels, tags e eventos de conversão é um “pecado mortal” para o setor. Sem rastrear o resultado corretamente, vai ser muito difícil de monitorar e otimizar as campanhas para gerar resultados.
Página com problemas de conversão
A campanha pode estar perfeita, mas quando o usuário clica no anúncio, cai na home do site. Ele fica perdido e acaba se esquecendo por que estava ali. Metade do sucesso de uma campanha de tráfego está na correta escolha do público e criativos, enquanto a outra está no ponto de conversão. Como contratar um gestor de tráfego.
Futuro da Gestão de Tráfego
IAs e machine learning
Assim como outros setores, a gestão de tráfego vem sendo impactada pela acensão das IAs. Mas isso não precisa ser uma coisa ruim: as plataformas de mídia devem trazer formas mais eficazes e poderosas de atingir o público alvo e gerar conversões.
O uso de machine learning já vem sendo no Google desde muito tempo. Os primeiros esboços foram as campanhas de Smart Display, mas que não geravam muito resultado. Atualmente as campanhas de Performance Máx têm grande capacidade de gerar conversões, mas também podem atrair leads desqualificados.
Os links patrocinados estão perdendo para IA
Muita gente já está utilizando o ChatGPT para encontrar informações, produtos e acessar links de lojas virtuais. Já a busca do Google tem priorizado o resutado de IA direto na pesquisa, sem a necessidade de clicar nos resultados e acessar sites. Isso acaba tirando parte do tráfego vindo pelos anúncios de pesquisa tradicionais.
A tendência é que a mídia em mecanismos de busca mude e se adapte a esse novo formato.
Novos canais de aquisição
O TikTok Ads vem se tornando cada vez mais popular e a procura por profissionais experientes nessa área tem aumentado. O Whatsapp anunciou que vai permitir anúncios, o que deve mudar bastante a regra do jogo – já que a maior parte dos brasileiros utiliza a plataforma.
Temos também mídias em marketplaces, como Mercado Ads, Amazon Ads crescendo; e até formatos de mídia em OOH (midia out of home) eletrônicas tem crescido, como é o caso da Eletromidia, com as TVs nos elevadores e totens em shoppings e vias públicas.
Perguntas frequentes (FAQ)
O que faz um gestor de tráfego?
O gestor de tráfego é o profissional responsável por planejar, executar e otimizar campanhas de mídia paga, como Google Ads, Meta Ads (Facebook e Instagram), TikTok Ads, entre outros. Seu objetivo é atrair tráfego qualificado para sites, landing pages ou perfis sociais, com foco em conversões e resultados mensuráveis.
Qual a diferença entre gestor de tráfego e gestor de tráfego pago?
O termo “gestor de tráfego” pode abranger tanto tráfego orgânico quanto pago. Já o gestor de tráfego pago é mais específico: foca exclusivamente em campanhas pagas, ou seja, em anúncios online. Na prática, porém, os dois termos são frequentemente usados como sinônimos no mercado digital.
Quanto ganha um gestor de tráfego?
O salário de um gestor de tráfego varia conforme o nível de experiência e o modelo de contratação. Profissionais CLT iniciam com cerca de R$ 2.500 (júnior) e podem ultrapassar R$ 12.000 (sênior). No modelo PJ ou como freelancer, os ganhos podem ultrapassar os R$ 15.000 mensais, dependendo da quantidade de clientes e do ticket médio de cada projeto.
Como se tornar um gestor de tráfego do zero?
Para começar, é preciso estudar as principais plataformas de anúncios (Google Ads, Meta Ads, etc.), aprender fundamentos de marketing digital, análise de métricas e testes A/B. Existem diversos cursos online gratuitos e pagos. A prática com pequenos projetos ou clientes é essencial para consolidar o conhecimento.
Quais habilidades um gestor de tráfego precisa ter?
Um bom gestor de tráfego deve dominar: Mídia paga (Google, Meta, TikTok, etc.); Análise de métricas (CPC, CPA, ROAS, etc.); Estratégias de funil de vendas; Copywriting e criatividade para anúncios; Ferramentas como Google Analytics, Tag Manager e plataformas de CRM.
Gestor de tráfego precisa saber design?
Não é obrigatório saber design, mas é um diferencial entender de criativos, formatos de anúncios e o que gera mais cliques e conversões. Em equipes pequenas ou freelancers, saber criar artes simples (ex: Canva ou Figma) pode ajudar bastante.
Preciso de faculdade para ser gestor de tráfego?
Não. A maioria dos gestores de tráfego começa com cursos livres e muita prática. O mercado valoriza resultados, certificações e experiência prática muito mais do que um diploma específico.
Qual a diferença entre gestor de tráfego e analista de performance?
O gestor de tráfego cuida diretamente da operação dos anúncios. Já o analista de performance pode ter um papel mais estratégico, acompanhando várias fontes de tráfego, KPIs, conversões e até CRM. Em muitas agências, os papéis se misturam.
Gestor de tráfego é uma profissão com futuro?
Se você quer escalar suas vendas, otimizar seus investimentos em mídia paga e ter resultados previsíveis, sim — vale muito a pena. Um gestor experiente pode reduzir desperdícios, identificar oportunidades e gerar ROI real para o seu negócio.
Vale a pena contratar um gestor de tráfego para meu negócio?
O gestor de tráfego é o profissional responsável por planejar, executar e otimizar campanhas de mídia paga, como Google Ads, Meta Ads (Facebook e Instagram), TikTok Ads, entre outros. Seu objetivo é atrair tráfego qualificado para sites, landing pages ou perfis sociais, com foco em conversões e resultados mensuráveis.
Temos também mídias em marketplaces, como Mercado Ads, Amazon Ads crescendo; e até formatos de mídia em OOH (midia out of home) eletrônicas tem crescido, como é o caso da Eletromidia, com as TVs nos elevadores e totens em shoppings e vias públicas.
Glossário
Se você está começando na área ou quer entender melhor o vocabulário usado por gestores de tráfego, este glossário vai te ajudar a navegar com mais clareza pelo mundo da mídia paga e do marketing digital.
CPC (Custo por Clique)
Quanto você paga a cada vez que alguém clica no seu anúncio.
CPM (Custo por Mil Impressões)
Custo para exibir seu anúncio mil vezes. Usado em campanhas de alcance e branding.
CPA (Custo por Aquisição)
Quanto custa, em média, cada conversão (ex: lead, venda).
CTR (Click Through Rate)
Taxa de cliques. Mostra a porcentagem de pessoas que clicaram no anúncio em relação a quem viu.
ROAS (Return on Ad Spend)
Retorno sobre o investimento em anúncios. Mostra quanto você ganha para cada real investido.
Pixel
Código usado para rastrear ações dos usuários, como visitas, cliques e compras.
Landing Page
Página de destino feita para converter visitantes em leads ou clientes.
Lead
Contato capturado (ex: nome, e-mail, telefone) com potencial para virar cliente.
Segmentação
Ato de definir quem verá seu anúncio, baseado em dados como idade, localização, interesses e comportamento.
Remarketing
Técnica para impactar novamente quem já interagiu com seu site ou anúncios.
Funil de Vendas
Estratégia que divide a jornada do cliente em etapas: topo, meio e fundo de funil.
Teste A/B
Comparação entre duas variações de um anúncio ou página para ver qual performa melhor.
Conversão
Quando um visitante realiza a ação desejada, como preencher um formulário ou fazer uma compra.
Criativo
Material visual e textual usado nos anúncios (imagem, vídeo, texto, etc.).
Impressão
Cada vez que o anúncio é exibido para alguém, independentemente de clique.
Como contratar um gestor de tráfego
Contratar um gestor de tráfego é uma das decisões mais importantes para empresas que querem crescer de forma estruturada no digital. Seja para gerar leads, vender mais ou aumentar o reconhecimento de marca, o tráfego pago é uma das ferramentas mais eficazes — desde que esteja nas mãos certas. Mas antes de contratar, é preciso se atentar a alguns detalhes.
1. Entenda o que faz um gestor de tráfego
Antes de contratar, é essencial entender o que de fato faz um gestor de tráfego. Ele é o profissional responsável por planejar, executar e otimizar campanhas de mídia paga nas principais plataformas: Google Ads, Meta Ads (Facebook e Instagram), LinkedIn Ads, TikTok Ads, entre outras.
Sua função vai muito além de “impulsionar post”. Um bom gestor entende funil de vendas, jornada do consumidor, segmentações avançadas, análise de dados e copy para anúncios. Ele precisa conectar a estratégia de tráfego com os objetivos reais do seu negócio.
2. Defina seus objetivos de negócio
Você quer vender mais? Captar leads? Gerar pedidos de orçamento? Promover um evento?
Antes de contratar alguém, tenha clareza sobre o que você quer alcançar. Isso vai te ajudar a escolher um profissional com experiência compatível com a sua meta. Tráfego para e-commerce exige um tipo de abordagem; já tráfego para serviços locais, outro completamente diferente.
3. Analise a experiência e os resultados anteriores
Peça cases, resultados reais, segmentos atendidos. Bons gestores de tráfego têm histórico de campanhas bem-sucedidas e não vão hesitar em te mostrar. Avalie:
- Nichos que já atendeu
- Tipos de resultado alcançados (leads, vendas, ROAS)
- Canais dominados (Google, Meta, LinkedIn etc.)
- Nível de envolvimento estratégico (só executa ou ajuda a planejar?)
Evite confiar em promessas vagas do tipo “vou bombar seu Instagram”. Pergunte como ele pretende gerar ROI, quais estratégias usaria e que tipo de investimento seria necessário.
4. Desconfie de promessas milagrosas
Se alguém te prometer dobrar seu faturamento em 15 dias ou vender sem precisar investir, fuja.
O tráfego pago é poderoso, mas não é mágica. Requer testes, tempo, otimização constante e investimento coerente. Bons profissionais vão alinhar expectativas, mostrar projeções realistas e defender uma estratégia de longo prazo.
5. Veja se o profissional entende de negócios
O melhor gestor de tráfego não é o que sabe mexer na plataforma, mas o que entende do seu negócio. Ele precisa:
- Conhecer seu público-alvo
- Saber interpretar métricas de forma estratégica
- Ter visão de funil e jornada do cliente
- Adaptar campanhas com base em metas reais (ex: CAC, LTV, ROAS)
Evite quem só fala em métricas de vaidade (alcance, curtida, etc.). O foco precisa ser resultado.
6. Entenda o modelo de trabalho
Cada gestor (ou agência) pode trabalhar de um jeito. Entenda bem:
- O que está incluso na gestão (criação de criativos? landing pages? CRO?)
- Qual a frequência dos relatórios
- Qual o modelo de cobrança (fixo, variável, por % do investimento?)
- Como será a comunicação (via e-mail, WhatsApp, reuniões?)
Transparência aqui evita dores de cabeça no futuro.
7. Prefira quem trabalha com dados
Marketing sem dados é achismo. O gestor ideal acompanha métricas, testa variações, documenta aprendizados e faz ajustes com base em números.
Veja se ele trabalha com:
- Relatórios claros e objetivos
- Painéis em tempo real (como Data Studio, Dashboards próprios, etc.)
- Apresentações de resultados com análise e sugestões
Evite quem só envia prints de campanhas ou dados soltos.
8. Avalie o atendimento e a comunicação
Você precisa confiar no profissional que vai cuidar do seu investimento. Por isso, avalie:
- Ele é proativo?
- Explica as estratégias de forma clara?
- Alinha expectativas desde o início?
- É acessível no dia a dia?
Tráfego é um jogo de velocidade. Problemas de comunicação custam caro.
9. Cuidado com quem terceiriza tudo
Alguns gestores vendem a gestão mas repassam o serviço para terceiros. Outros usam métodos engessados, sem entender sua realidade. O ideal é contratar quem realmente vai cuidar da sua conta, entender seu negócio e te ajudar a evoluir.
Pergunte quem será o responsável direto pelas campanhas e se ele estará disponível para discutir estratégias, ajustes e ideias.
10. Procure referências e avaliações
Veja se o profissional ou agência tem uma boa reputação, cases reais, empresas atendidas, depoimentos, se possui reclamações no Reclame Aqui, e outras evidências. Algumas dicas:
- Há quanto tempo a empresa está no mercado?
- Possui reclamações no Reclame Aqui?
- Possui boas avaliações no Google?
- Possui cases reais e verdadeiro?
- Os profissionais possuem experiência?
E se você quiser segurança na escolha
Se você quer uma gestão de tráfego profissional, com foco em resultado e transparência, vale conhecer a Upster. A equipe é formada por especialistas em tráfego pago com atuação em múltiplos segmentos e plataformas.
A Upster já gerenciou campanhas para mais de 300 empresas, com abordagem técnica e estratégia personalizada para cada cliente. Os relatórios são frequentes, o acompanhamento é próximo e os gestores realmente participam da operação.
Se você está buscando um parceiro de verdade — que entende tanto de tráfego quanto de negócios — a Upster pode ser a escolha certa.